sábado, 31 de janeiro de 2015

Estado de exilio




Estado de exilio, Cristina Peri Rossi, XVIII Premio Internacional Unicaja de Poesía Rafael Alberti, Colección Visor de Poesía, 95 páginas.


Além dos poemas referentes ao tema do exílio, este livro traz também o poema intitulado Correspondencia(s) con Ana María Moix, um dos mais ricos nesta seleção. Poesia é algo muito subjetivo e para que o leitor possa ter uma idéia da minha proveitosa experiência de leitura com este livro, um dos poemas da Cristina que me deram 'um soco' quando li foi esse aqui

Avaliação: Muito Bom


© 2014-2015 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Labirintos Sazonais



Labirintos Sazonais, Maurem Kayna, Marca Visual Editora, Secretaria de Cultura, Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Labirintos Sazonais foi um desafio proposto a Maurem Kayna como parte do projeto Movimento Literatura Digital, que, pelo que entendi, tem também como objetivo uma melhor compreensão do fenômeno ou da experiência de leitura de textos em sites, ebooks e outros meios digitais.

Primeiramente os textos foram publicados num site e, agora, com o apoio financeiro da Secretaria de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, ganharam versões para os formatos de livro impresso e ebook. Importante deixar claro que embora o conteúdo seja o mesmo nas três versões, a experiência de leitura pode ser percebida de maneiras bem distintas para cada formato (site, livro e ebook).

Eu conheço o Labirintos desde quando os percursos ainda estavam sendo montados e tive o privilégio de poder ler algumas das primeiras versões. E para compartilhar a alegria do resultado, já que não pude estar presente no lançamento oficial, que ocorreu no final de 2014, recebi de Maurem Kayna, com muita honra e alegria, um exemplar da versão impressa, e baixei também no site do projeto o Ebook, que é gratuito. Li todas as versões e aqui compartilho as minhas impressões.

Primeiro ponto: o design adotado eu não havia visto ainda em nenhum outro livro e achei muito criativo, tanto na versão impressa quanto na versão ebook e quem teve a idéia está de parabéns; está claro que deve ter sido um desafio e tanto encontrar um formato em papel que melhor se adequasse à filosofia de textos inicialmente concebidos para a leitura online e suas características de interação. O que o leitor tem em mãos é um livro bem diferente, com linguagem cuidada e no qual se percebe desde a capa a preocupação com os detalhes da impressão. Veja a seguir fotos da versão impressa:







Segundo ponto: para os leitores mais jovens, acostumados a jogos e desafios, por certo será um atrativo; já para os leitores mais 'tradicionais', digo: aqueles mais apegados ao formato de livro convencional, geralmente mais resistentes à idéia do ebook, poderão estranhar um pouco, porém as instruções de uso são claras e objetivas e o design por si só pode servir como atrativo para entrar no jogo e deixar-se levar na descoberta tanto do texto quanto da filosofia da Literatura Digital. Confesso que estou também bastante curiosa pela reação do público ao formato adotado neste livro.

Terceiro ponto: para quem se interessa por idiomas (ensina ou estuda outras línguas), as versões em Inglês e Espanhol acompanham os textos em Português, o que para mim é um marcante diferencial, ou seja: o projeto é trilingüe. Trata-se de um livro fininho porém com um mundo de possibilidades para se explorar a curiosidade dos jovens na descoberta do prazer da leitura em sala de aula, pois além de uma linguagem elaborada, o que permite o trabalho com um vocabulário rico e variado, com a sintaxe e com outros pontos da gramática, o formato de jogo se mostra como um atrativo natural para tarefas de interpretação de texto, ou seja: pode ser muito divertido descobrir o que está sendo contado, quem é o personagem ou quem são os personagens, como são os espaços etc., e levar automaticamente à comparação desses aspectos em cada uma das 64 versões. Até mesmo a busca de possíveis incoerências pode ser um estímulo no jogo da interpretação.

Quarto ponto: a versão em ebook do Labirintos também se diferencia dos modelos mais usuais de livro eletrônico pois instrui de maneira fácil e rápida o leitor a como jogar o jogo e vai dando as opções e exibindo gradualmente o percurso escolhido. A seguir, foto das visualizações no ipad e no tolino.




Finalizando: são experiências de leitura muito distintas, como já disse. De modo geral, há textos que eu prefiro ler em formato impresso e outros que prefiro ler em formato digital, por vezes num e-reader ou num tablet e já falei sobre isso aqui. Há também textos que tanto faz o meio, não sei bem explicar, pois leio de tudo e quanto mais opções de formato eu tiver, melhor, basta que o texto me interesse. Porém depois de ter lido o livro impresso e o ebook, comparando as experiências preferi a leitura no ebook, onde posso controlar o tamanho da fonte, mas eu sou suspeita nessa preferência, pois em geral prefiro ler no e-reader ou no tablet, que já viraram extensões do meu braço. 

Bom, para as pessoas que acompanham neste blog as minhas aventuras pelo mundo maravilhoso da leitura, deixo aqui um áudio simples para um dos caminhos neste interessante labirinto. Espero que  lhe abra o apetite pelos demais percursos possíveis. Confira!

Para toda e qualquer informação visite o site do projeto: www.labirintos-sazonais.com e se gostou da idéia ajude a compartilhar. Só posso recomendar!


Avaliação: Ótimo!



© 2014-2015 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Poemas que a Bluemaedel Lê - III



Está aqui porque eu gosto do descomplicado, porque fez-me lembrar do dia em que deixei de perguntar-me se o que eu escrevia era poesia ou não. Fazer poemas é um fenômeno que não tem explicação, apenas sentidos (de todos os lados para todos os lados, de baixo pra cima e de cima pro chão: deitado no rio que leva os sentidos para o mar mais que místico da po-criação: poemas).





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sábado, 10 de janeiro de 2015

Poemas que a Bluemaedel Lê - II


Está aqui porque 'aceitei o convite' de universo tão semelhante ao meu, por seu sustenido, porque me chamou, porque me atendeu. 


Ebook está disponível para download aqui: http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/4461314



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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Poemas que a Bluemaedel Lê - I



Está aqui porque reflete o que penso sobre escrita, literatura e artes em geral. Está aqui porque me tocou bem fundo, me 'endialogou'*.


* um trocadilho com enfeitiçou ou endiabrou, como quiserem. De qualquer modo, me encantou.




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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Cinco horas con Mario



Cinco horas con Mario, Miguel Delibes, DESTINO libro, 256 páginas (ISBN: 978-84-233-3510-7)

Há que se ler esse livro para entender verdadeiramente o significado da expressão informal 'maria gasolina' e saber o que pensa uma pessoa que diz algo assim: "(...), que, le guste o no le guste, debe empezar a alternar y dejar un poco los livros que se le van a volver los sesos agua, que yo no sé para qué necesitáis tanto librote si no son más que almacenes de polvo como yo digo. (...) Eso sí, para libros siempre había dinero, en cambio un Seiscientos, (...)" un Seiscientos é um modelo de automóvel. Há outros trechos mais interessantes, mas neste aqui eu vi uma boa caracterização para quem não consegue ver nada de valor num objeto que tanto fascina a muitos ao longo dos séculos: o livro.

Mas há que lê-lo também para conhecer as mentalidades durante o franquismo,  para saber que o monólogo é sempre um risco, e que poucos conseguem um bom resultado: um monólogo que mantenha o leitor interessado do começo ao final. E havendo logrado alcançar o desfecho, ter a certeza de que maniqueísmos são inúteis porém perigosos, pois não existem  só 'bons' e só 'maus', há apenas seres humanos em toda a sua complexidade, chegar ao final e ficar com a sensação de tempo de leitura bem-empregado e desejando outros livros do autor... Um bom livro, vale a pena sim senhor!

Avaliação: Bom+ (Entre Bom e Muito Bom).


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